Blog

Meningococo W se fixando na América do Sul

Meningite, atenção ao sorotipo W.

Historicamente, a doença meningocócica (DM) causada pelo sorogrupo W (MenW) foi raramente observado na América do Sul. No entanto, por volta de 2001 surgiu a doença MenW, inicialmente no Brasil e, posteriormente, na Argentina e no Chile, se tornando endêmica nesses países.

Na Argentina, a prevalência desse sorogrupo aumentou de 6% dos casos em 2006 para 47% em 2010 e 50% em 2013 (em 2006, havia apenas quatro invasiva MenW isolados detectados na Argentina, aumentando para 96 isolados em 2012 e 77 em 2013 ).

Da mesma forma, no Chile desde 2010 um ano-a-ano aumento do número de casos MenW foi relatado e até 2013, o sorogrupo W responsável por 66% de todos os casos de MD (em 2010 apenas seis MenW isolados foram notificados, aumentando para 22 em 2011, 60 em 2012 e 79 em 2013).

As taxas de incidência global na Argentina e no Chile, durante este período recente de MenW predominância foram entre 0,6 e 1 / 100.000 habitantes casos, com a maior taxa de incidência relatada em lactentes. Um pico também foi observado em pessoas> 60 anos no Chile, enquanto que o número de casos em adolescentes foi consistentemente baixa em ambos os países. Letalidade (CFR) associados a MenW casos notificados em 2012 no Chile foram tão elevadas como 27%.

A distribuição apresentação clínica dos casos, mostrando quase 70% dos casos apresentam meningococcemia, tem sido postulada como a provável razão para esse achado. MLST análises preliminares não foram capazes de distinguir o aparecimento da doença MenW na América do Sul a partir do clone Hajj hipervirulento W135: p1.5,2: ST11 (ST11 / complexo clonal ET37), que surgiu em 2000 e desde então se espalhou internacionalmente. No entanto, mais recentemente, a análise de sequenciamento genômico todo demonstrou que o MenW: tensão CC11 que atualmente é endêmica no Brasil, Argentina e Chile é distinta e sem relação com o surto de tensão Hajj.

Em resposta ao aumento do número de casos MenW eo CFR associada observado , o Ministério da Saúde do Chile decidiu implementar uma campanha de vacinação reactiva, utilizando vacinas tetravalente (ACWY) conjugadas. A campanha teve início em 2012, tendo como alvo crianças de 9 meses a 5 anos, com um roll out para todo o país durante os primeiros meses de 2013. A cobertura para a primeira dose da vacina foi de quase 100% para a faixa etária alvo. Uma segunda dose foi administrada a crianças de 9 meses a menos de 2 anos.

Curiosamente, a análise preliminar da situação epidemiológica atual no Chile mostrou que, após a imunização Homens ACWY, a proteção foi observada apenas para os grupos etários-alvo para a vacina, sem efeitos indirectos iniciais. As taxas de incidência global de sorogrupo W MD em 2013 e 2014 foram semelhantes aos de 2012. A eficácia do programa de vacinação implementado no Chile é de grande importância a nível mundial, como as lições aprendidas aqui poderia ser usado em outros países com situação epidemiológica semelhante. Novas estratégias potenciais, incluindo a imunização de crianças pequenas e uma campanha de catch-up segmentação adolescentes e adultos jovens, estão sendo discutidas para otimizar o impacto do programa de vacinação no Chile.